Tecnologia cognitiva e robótica revitalizam a CX nos Seguros
Ferramentas e tecnologias emergentes na actividade seguradora criam oportunidades para uma melhor gestão dos dados, desenvolvimento de produtos e marketing, entre outras áreas.
Tarefas como processamento de aplicações de back-office, sinistros e relatórios financeiros já estão a ser automatizadas. Com a melhoria da produtividade nessas funções, as seguradoras estão a expandir as suas funções noutras áreas - como gestão dos dados, desenvolvimento de produtos e marketing - com o objectivo de desenvolver produtos e serviços mais personalizados. Por exemplo, o acesso a ferramentas que permitem o reconhecimento e inteligência dos padrões de estilo de vida torna possível criar campanhas de marketing mais focadas e personalizadas.
Como quase todos os sectores, o sector de seguros está a passar por uma mudança demográfica para os clientes da Geração X, Geração Y e Geração Z. Essa tendência, por sua vez, está a levar a uma preferência cada vez maior pelo envolvimento do cliente através de canais digitais. Com a ajuda da robótica e de inovações técnicas como NLP Natural Language Processing, NLG Natural Language Generation e ML Machine Learning, agora são possíveis interacções mais eficientes e eficazes.
Embora as seguradoras líderes usem há muito tempo análises avançadas para obter insights mais aprofundados dos clientes quanto à subscrição e fixação dos preços dos riscos, os métodos tradicionais geralmente são muito lentos para responder ao volume e à velocidade a que os dados não estruturados são capturados. As tecnologias cognitivas são formas poderosas para acompanharem os fluxos de informação continuamente em expansão de hoje em dia.
As seguradoras também estão a usar ferramentas cognitivas para analisar dados de vários canais e criar experiências e produtos mais personalizados para os clientes. Dados de dispositivos conectados, sensores e media sociais, por exemplo, ajudam as companhias a afastarem-se de uma prática antiga de "encontrar clientes para produtos" para um modelo no qual os produtos são criados especificamente para atender às necessidades e riscos dos seus segurados. Além disso, as seguradoras também podem projectar as jornadas dos clientes a partir do zero, oferecendo uma experiência mais personalizada, em vez de envolver os clientes de uma maneira genérica.
Embora as companhias de seguros possam ser vistas como conservadoras e lentas na adopção da mudança, essa inércia não será uma opção viável na era da IA Inteligência Artificial. As seguradoras que deixarem de adoptar a jornada cognitiva provavelmente acabarão por ceder vantagem estratégica aos concorrentes e aos novos players do mercado.
Fonte: Deloitte, The Wall Street Journal
Licença CC BY-SA 4.0
Silvia Pinhão Lopes, 5.3.20
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