Tendências sobre gestão de dados para 2020


Os analistas esperam em 2020 um mercado de armazenamento mais forte. As tendências chave que durante os últimos anos têm dado forma ao mercado deverão prosseguir, enquanto outras novas emergem. Eis algumas das principais tendências.

Mundo Cloud: regresso ao modelo híbrido
A infra-estrutura de cloud híbrida é o standard de facto do IT moderno. Por outras palavras, a infra-estrutura local continuará a ser uma parte importante do IT no futuro previsível.

Software cada vez mais importante
Durante os últimos anos, as infra-estruturas de TI têm vindo a tornar-se cada vez mais definidas por software, e esta tendência mantém-se num futuro próximo.
Um dos principais drivers para esta tendência do “tudo definido por software” serão os ambientes de cloud híbrida. O hardware ainda será necessário, mas poderá estar localizado em qualquer lugar, enquanto o software coordenará cada vez mais a crescente complexidade das TI.

Gestão automatizada dos dados
No seu estudo “Top 10 Data and Analytics Trends”, a Gartner refere que, com a escassez de skills técnicos neste campo, as organizações necessitam automatizar a gestão dos seus dados. Por seu lado, os fabricantes vão adicionando capacidades de machine learning e inteligência artificial para tornar os processos de gestão de dados autoconfiguráveis e autoajustáveis, de forma que o pessoal técnico mais qualificado possa concentrar-se em tarefas de maior valor.

Em 2020, a IA Inteligência Artificial transformar-se-á numa tecnologia fundamental para a construção de infra-estruturas híbridas inteligentes na cloud. Mas isto requererá sistemas inteligentes de armazenamento que possam satisfazer as necessidades de desempenho e capacidade dos sistemas de negócio baseados em inteligência artificial e, ao mesmo tempo, melhorar a disponibilidade, a satisfação do utilizador e a eficiência operativa.

Segurança, aspecto chave
O investimento em segurança de infra-estruturas de armazenamento (especialmente, segurança do armazenamento na cloud) continurá a crescer em 2020. Os gestores de dados e armazenamento enfrentam uma crescente necessidade de demonstrar não só que os seus dados são seguros, como também que são fiáveis, ou seja, que foram recolhidos, armazenados e processados com integridade e responsabilidade.

Tempos de recuperação como referência
Enquanto os tempos de backup estão normalmente optimizados, as empresas têm muitas vezes dificuldades em acelerar o tempo de recuperação dos dados (em caso de ataque por exemplo). Segundo um estudo recente da Google, mais de 50% dos utilizadores abandonam um website se este demorar mais de 3 segundos a carregar.

Optimizar a infra-estrutura de armazenamento não significa mudar para meios mais dispendiosos, mas sim para a arquitectura correcta. Não esqueçamos o duro golpe que representou para muitos CIOs descobrirem que, perante a necessidade de encriptar os dados de extremo a extremo para cumprir o RGPD, o custo dos seus meios All-Flash disparou ao ponto de deixarem de ser uma opção exequível.

Redução do custo por TB
A redução do custo por Terabyte tornou-se num cavalo de batalha, e assim continuará a ser em 2020. Neste sentido, surgiram no mercado novas propostas que prometem fazer frente a este desafio com arquitecturas modernas e mais eficientes que permitem tirar partido do melhor dos meios (disco, DRAM, flash…) em grande escala e com um custo por Terabyte muito menor.

Novos modelos de aquisição
Em 2020 iremos ver cada vez mais novos modelos Capacity on Demand (COD), em que a infra-estrutura pode crescer numa questão de segundos, permitindo iniciar o serviço e depois pagar pela sua expansão. Deste modo, o time-to-market não será limitado pela infra-estrutura de dados.

Tendências tecnológicas de futuro: será 2020 o ano da sua explosão?
Outras tendências se vislumbram no horizonte, mas cuja cristalização se prevê que aconteça mais a longo prazo. Analítica aumentada, inteligência artificial em tempo real, robótica, blockchain, Internet das coisas… A IDC, no seu estudo “ICT Spending Forecast 2018-2022”, assegura que "uma parte cada vez maior do investimento em servidores e armazenamento está a ser dedicada à implementação destas novas tecnologias de back-end".


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fonte: ITInsight



Licença CC BY-SA 4.0 Silvia Pinhão Lopes, 19.2.20
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