Analítica, integração e qualidade dos dados
Os níveis de riqueza das empresas medir-se-ão, cada vez mais, em função dos dados e do valor que deles extraem.
No white paper "Dados 2025", publicado em 2017, a IDC prevê que o volume de dados gerados em todo o mundo aumente dez vezes num período de oito anos (2017-2025), totalizando os 163 zettabytes (ZB). E em 2025, os negócios, i.e., as empresas vão gerar 60% dos dados mundiais.
Big Data não significa ter quantidades de informação ilimitada – diz muito mais respeito a ter informação de alta qualidade formatada ao seu negócio quando precisa dela. Big Data significa também saber o que perguntar para melhorar o negócio e ter a capacidade de prever os padrões futuros.
Na era em que vivemos, para se ser bem-sucedido é fundamental estar em vantagem no conhecimento da realidade; e esta é a tecnologia para adquirir essa vantagem.
in “Big Data & Analytics: uma realidade ao alcance das PME"
O Big Data e a Analítica são a chave para os padrões escondidos em grandes volumes de dados, para desbloquear os insights que têm o poder de transformar verdadeiramente os negócios através da identificação antecipada das oportunidades.
É em nome deste novo asset que é necessário transformar os dados estruturados (oriundos de fontes mais tradicionais) ou não estruturados (de fontes mais emergentes, como a IoT ou as redes sociais) em conhecimento, levando a optimização de recursos e a mais eficiência na utilização, sendo crucial a qualidade dos dados a integrar.
As organizações nacionais, sobretudo as que se relacionam com o consumidor final, estão a olhar para estas tecnologias como uma oportunidade de diferenciação. Tiram partido quer da diversidade das fontes de dados quer da capacidade de processamento superior a custo inferior comparativamente a alguns anos atrás.
Por norma, os sectores onde a competitividade é maior estão mais avançados nesta matéria, caso do retalho, logística e telecomunicações.
As empresas que actuam em mercados B2C, quer por questões de abertura do próprio mercado quer por gerarem um maior conjunto de informação, são as que mais necessitam de ter capacidades de análise ágeis e estruturadas, de forma a oferecer uma melhor experiência ao consumidor final~Flávio Simões, solutions advisor, SAP Portugal
A adopção de ferramentas de BI Business Intelligence e de self-service analytics está de algum modo “massificada”, segundo Jorge Loupa, da Oracle. “Onde ainda não existe grande adopção é ao nível da utilização de tecnologias de Big Data”. Os clientes da tecnológica optam, por norma, por um de dois caminhos: “Ou apostam numa abordagem de inovação, com a criação de um laboratório de dados, para explorar e monetizar a informação ou têm uma abordagem mais operacional, mais do ponto de vista de criar um data lake corporativo”. A melhor arquitectura de gestão da informação passa por conjugar estas duas realidades.
Para uma seguradora automóvel, por exemplo, pode ser a oportunidade de adaptar um plano de seguro ao estilo de condução do cliente, uma possibilidade que ganha mais força à medida que os automóveis se tornam verdadeiros dispositivos de IoT Internet of Things, conectados e povoados por sensores de todo o género. A manutenção preditiva é outro dos use cases que alia a IoT a Big Data e a Analítica, e que permite “prever a forma como a produção pode ser afectada”, indica Nuno Maximiano (IBM), detectando anomalias antes destas ocorrerem.
Cinco tendências importantes
O white paper "Dados 2025", da IDC, evidencia tendências que estão a influenciar os dados:- Mais vitais do que nunca: Em 2025, cerca de 20% dos dados globais serão críticos para o nosso dia-a-dia, e 10% serão “hiper-críticos”;
- Internet of Things (IoT): Em 2025, cada pessoa vai interagir com dispositivos conectados a cada 18 segundos, perto de 4800 vezes por dia;
- Mobilidade: Em 2025, mais de um quarto dos dados serão gerados em tempo real; 95% destes dados serão oriundos da IoT;
- Mais analítica: Dentro de sete anos, a quantidade de dados sujeitos a análise crescerá por um factor de 50, para 5.2 ZB;
- Novos tipos de dados: apesar de, nos últimos dez anos, a criação de dados se ter caraterizado sobretudo por um aumento de conteúdo de entretenimento, na próxima década haverá uma mudança ao nível da natureza dos dados, que serão impulsionados pela produtividade e que estarão embutidos em dispositivos.
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fonte: ITInsigtht