O futuro do HD: ADN sintético


Video YouTube, Is DNA the Future of Data Storage?

Os investigadores descobriram uma forma de usar a arquitectura do ácido desoxirribonucleico para armazenar informação, transformando os bits nestas mesmas letras – ou bases – do ADN ácido desoxirribonucleico: os nucleotídeos A, C, G e T.

Uma dupla de investigadores dos Estados Unidos anunciou nas páginas da revista “Science” ter desenvolvido um algoritmo que permite guardar 60% mais informação do que até aqui e recuperá-la sem comprometer os “ficheiros”, o que em experiências prévias tinha sido um obstáculo.

O trabalho dos cientistas computacionais da Universidade Columbia e do Centro de Genoma de Nova Iorque foi apresentado para publicação na "Science" em Setembro de 2016.

Para guardar informação em moléculas de ADN, começam por comprimir os ficheiros, convertendo-os em código binário: 0s e 1s.

O segredo da "eficácia" do processo está no algoritmo que desenvolveram, a que chamaram código "Fountain" (Fonte), e que permite codificar a informação de uma forma menos corruptível, partindo os dados em pequenos segmentos aleatórios e inserindo alguns 0s e 1s extra que permitem catalogar as partes do puzzle de forma a que, quando for hora de o converter de novo para imagem, áudio ou texto, esse processo ser mais fácil. Posto isto, segue-se a transcrição dos 0s e 1s para as quatro bases do ADN: 00 passa a ser o A do nucleótide Adenina; 01 o T de Timina; 10 converte para o C de Citosina e 11 para o G de Guanina. Ou seja, para aceder aos dados, é apenas necessário reverter o processo, passando dos 4 elementos básicos para o código binário.

O resultado final foi armazenado num tubo de ensaio e tem um tamanho inferior ao de o bico de um lápis, o que mostra as capacidades desta nova técnica para armazenamento de dados.

Com a nova técnica, os investigadores conseguiram armazenar 215 Petabytes de informação num grama de ADN sintético.

O ADN pode durar centenas de anos.

Também a Microsoft, conjuntamente com a Universidade de Washington, está a trabalhar em novas formas de armazenamento e conseguiu armazenar 200MB de informação em ADN sintético em Julho de 2016.






fonte: Pplware, iOnline

Licença CC BY-SA 4.0 Silvia Pinhão Lopes, 8.4.17
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