O verdadeiro anti-facebook

O gigante das redes sociais, Facebook, tem vindo sucessivamente a derrotar os serviços concorrentes, mesmo as grandes promessas como o Google+, Diaspora ou Ello.

Agora, a discussão entre os críticos do Facebook parece ter mudado. Não se trata já de substituir o serviço por outro melhor, mas obrigar a empresa a respeitar a privacidade dos seus utilizadores e a permitir-lhes salvaguardá-la.

Entretanto, um serviço tem vindo a afirmar-se paulatinamente como alternativa às grandes redes socias virtuais: o serviço de newsletter  TinyLetter

Pontos fortes
  • Muito simples de usar.
  • É tão fácil como publicar a actualização de um estado no Facebook.
  • Não é necessário instalar qualquer app para se conseguir uma audiência.
  • Qualquer pessoa com um endereço de correio electrónico pode subscrever uma newsletter.

Tanto jornalistas como técnicos têm-se concentrado em torno do serviço TinyLetter nos últimos anos, o que lhe dá a fama de ser a grande tendência da publicação em linha. E começa já a extravasar estes domínios com newsletters dedicadas a temas com ioga, poesia e música entre outros.

O serviço TinyLetter tem hoje mais de 14 milhões de subscritores, o Twitter 316 milhões de utilizadores activos por mês e o Facebook cerca de 1,5 mil milhões.
Este serviço não tem que suplantar as redes sociais para ser bem sucedido. Ele é apenas um meio para as pessoas terem uma audiência sem terem que depender exclusivamente de uma plataforma fechada como o Facebook.

Nada mais do que uma newsletter
Quando a TinyLetter foi criada em 2010 - pertence hoje à MailChimp - o objectivo era uma alternativa aos blogues. Pretendia-se uma forma de chegar a grandes audiências sem o esforço necessário à manutenção de um blogue pessoal. O que se destaca neste serviço é a sua simplicidade. Tem analítica, mas limitada, e não inclui funcionalidades avançadas como enviar uma mensagem para apenas um segmento da audiência. E é isto que o torna tão fácil de usar.

Sim, correio
Para muitos utilizadores a media social tornou-se impessoal - é tudo algorítmico. Enquanto isso, uma missiva electrónica é mais íntima, mesmo quando enviada a estranhos.

Email is a weird medium, it’s both personal and massive.
~Rusty Foster, autor da TinyLetter Today in Tabs


Embora seja mais fácil seguir uma conta do Twitter do que subscrever uma newsletter, os leitores de email são mais interessados. Por outro lado as pessoas não têm que se lembrar de visitar outro sítio web.

You can just subscribe, and neither one of us has to do anything again. If you don’t like it, you can unsubscribe.
~Rusty Foster


Caso um utilizador decida deixar o Facebook não pode importar os seus contactos para outro media social, mas se deixar a TinyLetter pode exportar os seus subscritores para os importar depois noutro sistema. A lista de endereços é sua.

A TinyLetter é inteiramente grátis. E sem publicidade.

It's important to all of us that people feel like TinyLetter is a safe place.
They write to a known number of subscribers, they know who is subscribing, they trust us not to do anything with their accounts, so we’re very mindful of that.
~Kate Kiefer Lee, MailChimp


E caso este estado de coisas se altere, facilmente os utilizadores mudam para a próxima alternativa. Isto faz do email o anti-facebook sem publicidade por que muitos reclamam.




fonte: WIRED
Licença CC BY-SA 4.0 Silvia Pinhão Lopes, 29.9.15
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